O trabalho para restaurar a Catedral Christ Church na cidade de Christchurch, Nova Zelândia, pode finalmente começar na Páscoa. A catedral foi fechada desde sua destruição parcial num terremoto ocorrido em fevereiro de 2011. A diocese planejava demolir e reconstruir uma nova catedral no local, mas uma campanha pública pela restauração acabou vencedora depois de um acordo alcançado em setembro de 2017 envolvendo os administradores de propriedades da diocese e o sínodo, o governo da Nova Zelândia e o Conselho da Cidade de Christchurch.

Nos últimos 14 meses os trabalhadores prepararam o local coletando, registrando artefatos e protegendo os artefatos. Agora, um pedido de licença para captação de recursos – o instrumento legal para começar o trabalho - foi apresentado à Câmara Municipal de Christchurch para a primeira fase do trabalho para restaurar o edifício.

O pedido foi feito pela Christ Church Cathedral Reinstatement Limited, uma empresa de joint venture criada pela diocese e pela Coroa – designação atribuída ao governo da Nova Zelândia - para gerenciar o processo.

Se concedida, a permissão para esta fase de “estabilização” da restauração permitirá a demolição de algumas partes do edifício para gerenciar os riscos de colapso e permitir o acesso ao edifício para as obras de estabilização e trabalhos de salvamento e investigação. O pedido também busca permissão para estender os limites do local de obras até a Praça da Catedral e a construção de um escritório temporário de dois andares.

“A remoção dos aditivos mais recentes à Catedral é necessária para permitir o acesso mais seguro e rápido para estabilizar as partes mais antigas da Catedral”, disse a empresa de joint venture em seu site. “Sem remover algumas partes do edifício. . . os trabalhos de estabilização e subsequente restauração levariam mais tempo, custariam mais e exigiriam uma longa interrupção na rede de estradas adjacente ao local, incluindo áreas de pedestres e operação do bonde.”

Explicando a necessidade de expandir o local até a Praça da Catedral, a empresa disse que “o tamanho do local da Catedral é delimitado pelo limite da estrada ao norte, sul e leste da Catedral. O local está restrito. Não é seguro trabalhar na zona de colapso no local imediatamente ao redor do prédio da Catedral até que as partes mais perigosas do prédio tenham sido demolidas, removidas ou apoiadas.

“As obras exigirão o uso de grandes máquinas no local. Também é preciso haver espaço suficiente para os veículos acessarem e saírem do local com segurança e para os escritórios do local e espaço para armazenar alguns materiais.

“Por essas razões, o local proposto ocupa mais da Praça da Catedral no extremo oeste da Catedral. A acumulação do canteiro de obras chegará a até 12 metros na Praça da Catedral, no lado oeste. Esse aumento é o espaço mínimo necessário para permitir uma restauração eficiente. A Praça da Catedral ainda poderá funcionar da mesma maneira.”

A empresa disse que seria benéfico iniciar a fase de estabilização da restauração, mesmo que os planos finais para isso ainda estejam sendo desenvolvidos. “O projeto de estabilização chegou a um ponto em que a obra pode começar, uma vez que o consentimento dos recursos seja garantido”, disseram eles. “A estabilização é o primeiro passo importante no processo de restauração física. Protegerá contra novos danos causados ​​pelo terremoto e permitirá o acesso a áreas inacessíveis no momento. Isso permitirá inspeções e investigações detalhadas necessárias para informar as próximas etapas do projeto.

“A estabilização também ajudará a proteger a Catedral das intempéries e a minimizar qualquer deterioração adicional do que restou do patrimônio.”

O trabalho para restaurar a catedral deve durar pelo menos dez anos, com cerca de 100 funcionários trabalhando no local.